Primeiro bilhete de banco, precursor das cédulas atuais, foi lançado pelo Banco do Brasil, em 1810.
A presença da família real em terras coloniais era um fato inusitado e acabou provocando muitas transformações no Brasil. Em 10 de setembro de 1808, por exemplo, começou a circular o primeiro jornal editado no Brasil. Era a Gazeta do Rio de Janeiro, impresso na tipografia da Imprensa Régia. Com apenas quatro páginas, a publicação se limitava a divulgar notícias oficiais e de interesse da família real. Mas a partir daí surgiram tipografias em diversas regiões do país e outros jornais passaram a ser publicados.
Mais significativa, no entanto, foi a publicação, entre 1808 e 1822, do Correio Brasiliense, editado em Londres por Hipólito José da Costa, um brasileiro que estudara na Universidade de Coimbra e se filiara ao movimento liberal. Trazido clandestinamente ao Brasil por comerciantes ingleses, o jornal de oposição ao governo joanino contribuiu para incluir na elite brasileira as idéias liberais que formaram a ideologia do movimento de independência.
Mudanças ocorridas
Algumas mudanças que ocorreram com a vinda da Família Real para o Brasil foram a a fundação do Banco do Brasil, em 1808; a criação da Imprensa Régia e a autorização para o funcionamento de tipografias e para a publicação de jornais também em 1808; a abertura de algumas escolas, entre as quais duas de medicina – uma na Bahia e outra no Rio de Janeiro; a instalação de uma fábrica de pólvora e de industrias de ferro em Minas Gerais e em São Paulo; a vinda da ‘’Missão Artística Francesa’’, em 1816, e a fundação da Academia de Belas-Artes; a mudança de denominação das unidades territoriais, que deixaram de se chamar ‘’capitanias’’ e passaram a denominar-se ‘’províncias’’ (1821);aA criação da Biblioteca Real (1810), do Jardim Botânico (1811) o Museu Nacional. (1818)
História Letiva
domingo, 19 de setembro de 2010
O Fim do Pacto Colonial
Embora parecesse precipitada, a fuga havia sido previamente combinada com a Inglaterra, cuja marinha de guerra se comprometera a escoltar a frota portuguesa na travessia do Atlântico. Na verdade, a transferência da corte de Lisboa para o Rio de Janeiro interessava particularmente aos ingleses, que viam nessa mudança ótima oportunidade de ampliar seu negócios.
Dom João governava Portugal como príncipe regente, depois de sua mãe, dona Maria I, ter sido afastada do trono por problemas mentais. Ao sair de Lisboa, ele estava acompanhado de toda a corte, que incluía, além da família real e de diversos funcionários graduados, muitos membros da nobreza com seus familiares e criados. Eram, ao todo, de 12 a 15 mil pessoas, embarcadas em catorze navios escoltados por vasos de guerra com bandeira inglesa e carregados de móveis, jóias, pratarias, roupas luxuosas e obras de arte. Em moeda sonante, essa gente transportava metade do dinheiro em circulação no reino português. Para os ingleses, isso significava enorme injeção de recursos no mercado colonial, que logo estará aberto às suas mercadorias e investimentos. Durante a travessia do Atlântico, uma parte da comitiva, na qual se encontrava o príncipe regente, desviou-se da rota inicialmente traçada e acabou chegando a Salvador em janeiro de 1808. Aí, no primeiro centro administrativo da colônia até 1763, dom João satisfez a expectativa da Inglaterra, decretando ainda em janeiro a abertura dos portos às nações amigas.
Dom João governava Portugal como príncipe regente, depois de sua mãe, dona Maria I, ter sido afastada do trono por problemas mentais. Ao sair de Lisboa, ele estava acompanhado de toda a corte, que incluía, além da família real e de diversos funcionários graduados, muitos membros da nobreza com seus familiares e criados. Eram, ao todo, de 12 a 15 mil pessoas, embarcadas em catorze navios escoltados por vasos de guerra com bandeira inglesa e carregados de móveis, jóias, pratarias, roupas luxuosas e obras de arte. Em moeda sonante, essa gente transportava metade do dinheiro em circulação no reino português. Para os ingleses, isso significava enorme injeção de recursos no mercado colonial, que logo estará aberto às suas mercadorias e investimentos. Durante a travessia do Atlântico, uma parte da comitiva, na qual se encontrava o príncipe regente, desviou-se da rota inicialmente traçada e acabou chegando a Salvador em janeiro de 1808. Aí, no primeiro centro administrativo da colônia até 1763, dom João satisfez a expectativa da Inglaterra, decretando ainda em janeiro a abertura dos portos às nações amigas.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Brasil antes e depois da chegada da Família Real
Com a transferência da família real e da corte, a capital do reino foi estabelecida no Rio de Janeiro, na então maior e mais importante colônia portuguesa, o Brasil.
Antecedentes
O plano de transferência da família real para o Brasil, refúgio seguro para a soberania portuguesa quando a resistência militar a um invasor fosse inútil na metrópole, fora já por duas vezes sugerido em tempos mais recuados: ante o avanço dos tercios do duque de Alba, o prior do Crato terá sido aconselhado a buscar um reduto além-Atlântico; na conjuntura aberta pela Restauração da independência (1640), quando a França abandonou Portugal no Congresso de Münster (1648), o padre António Vieira apontou idéia semelhante a dom João IV, associando-a ao vaticínio da fundação do Quinto Império. Mais tarde, sem ameaça militar iminente, o diplomata dom Luís da Cunha defendeu a idéia de se transferir para o Brasil a sede da monarquia portuguesa .
Perante a ameaça militar, além de sugerida, a ideia teve inícios de concretização quando a Espanha invadiu Portugal como consequência do "Pacto de Família", chegando o marquês de Pombal a mandar aprontar uma esquadra que transportaria o rei D. José I e a sua corte. Havia alguns exemplos estrangeiros a considerar: Vauban aconselhara o refúgio americano ao futuro Filipe V; e, Pombal, ao ordenar a preparação da Esquadra de D. José I, apoiava-se no precedente da Imperatriz Maria Teresa de Áustria se ter disposto a descer o Danúbio, se a sua Corte em Viena viesse a correr perigo.
No novo contexto internacional criado pelo Império de Napoleão Bonaparte, a ideia da retirada para o Brasil voltou à tona, sendo defendida pelo marquês de Alorna em 30 de Maio de 1801e, em 16 de Agosto de 1803, por dom Rodrigo de Sousa Coutinho.
A ideia de uma transferência para o Brasil, tendo surgido sobretudo em contextos de ameaça iminente à soberania portuguesa, como um meio de reforço de segurança, foi também apresentada como uma via necessária ao cumprimento de um projecto messiânico, como em António Vieira, ou como um meio para redefinir as relações de forças no "equilíbrio europeu" pós-Vestfália, como em dom Luís da Cunha, marquês de Alorna e dom Rodrigo de Sousa Coutinho.
A conjuntura de 1807
Antes das campanhas do Rossilhão e da Catalunha, a Espanha abandonara a aliança com Portugal, fazendo causa comum com o inimigo da véspera – a França de Napoleão. Resultou daí a invasão de 1801, em que a Inglaterra de nada serviu a Portugal.
Enquanto o Corpo de Observação da Gironda penetra em Portugal debaixo do pretexto da protecção, o Tratado de Fontainebleau entretanto assinado entre a França e a Espanha, retraçava Portugal em três principados. O plano de Napoleão era o de aprisionar a Família Real portuguesa, sucedendo a D. João VI o que vem a suceder a Fernando VII e a Carlos IV de Espanha em Baiona - forçar uma abdicação. Teria Portugal um Bonaparte no trono e, paralelamente, a Inglaterra apossar-se-ia das colônias portuguesas, sobretudo o Brasil.
A viagem
Os membros da Família Real saíram de Lisboa na madrugada do dia 27 de novembro de 1807. Já na madrugada do dia 29 de novembro um vento favorável permitiu que a esquadra rumasse ao Brasil. O General Junot entrou em Lisboa às 9 horas da manhã do dia 30 de novembro, liderando um exército de cerca 26 mil homens e tendo a sua frente um destacamento da cavalaria portuguesa que se rendeu e se pôs às suas ordens. Enquanto isso, os navios das esquadras portuguesa e inglesa se dispersaram devida a uma forte tempestade ocorrida. Em 5 de dezembro de 1807 os navios conseguiram se reagrupar e logo depois, em 11 de dezembro, a frota avistou a Ilha da Madeira.
Chegaram à costa da Bahia no dia 18 de janeiro de 1808 e no dia 22 os habitantes da Cidade de Salvador já puderam observar os primeiros navios da esquadra. Às quatro horas da tarde do dia 22, depois de todos os navios da esquadra estarem fundeados, o Conde da Ponte (governador da Bahia na época) foi a bordo do navio Príncipe Real. Já no próximo dia os membros da Câmara foram a bordo do mesmo navio.
A chegada
Largo do Paço, Rio de Janeiro (1834).
A comitiva real só desembarcou na Bahia às cinco horas da tarde do dia 24, com uma imensa solenidade. Então embarcaram rumo a cidade de Rio de Janeiro, aonde chegaram no dia 8 de março, no cais do Largo do Paço, na atual Praça XV em Rio de Janeiro.
A família real então foi alojada em três prédios no centro da cidade, logo após colocar na rua o vice-rei Marcos de Noronha e Brito, o conde dos Arcos, e todas as internas de um convento de carmelitas. Os demais agregados se espalharam pela cidade, em residências confiscadas da população. Esta era a famosa política chamada de “Ponha-se na Rua”, cujo nome foi dado pelos cariocas, inspirando-se nas iniciais “PR”, vindas de “Príncipe Regente” ou de “Prédio Roubado” como os mais irônicos diziam. Estas iniciais eram marcadas nas portas das casas que eram requisitadas para os nobres vindos de Portugal.
Inauguração do blog

Relacionado à História, iremos falar sobre os assuntos ao passar do tempo, desde o começo do mundo aos dias de hoje.
Espero que gostem do blog e que divulguem e comentem, pois "Um blog alimenta se dos seus comentários". Um obrigado da Equipe da História Letiva.
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